Cárcere

O desejo dos céus, do amor, dos amores... ...a noção do limite é desnecessária.
Questão de merecimento?
Eu sou meu próprio juiz, decreto minha própria sentença. Construo o presídio, as grades e me deito em um colchão amparado ao chão, esperando, talvez, uma visita.
Quanto tempo será minha pena? Não sei, preciso pensar...

Fantasias

O egoísmo, centrismo da minha vaidade... desejos bobos, fantasias adultas.

EU

Eu, sim; EU! Um dia, uma vida... o plural é natural. É, eu!
Eu e eles, iguais e diferentes, só eu... e eles. Sim só, sou EU.

Fé

A dor de ver para crer, a carne e os ossos pesando mais que um mundo.
A dor de crer por ver, uma luz lá longe se faz como o almejado triunfo.
A dor de viver para ser, o tempo é distante e os anos não passam de dias.
A dor de sentir para crescer, idéias transformadas de tristeza à alegrias.

Um corpo de emoções que às vezes transborda sem mesmo a última gota, que grita pelo eco de um lugar vazio.
Um corpo de emoções angustiado com tanto calor, mas que sempre recusa ao frio.

Uma noite

Bebidas, fumaça, intenções (primeiras e segundas) e um pouco de carência. Mundos na mesma órbita. O invisível sufoca sobre o distraído olhar entorpecido, cedido aos limites do corpo. Ouço sem os ouvidos e enxergo somente com o olho. Segundas intenções e um pouco de carência... ouço.

Presoemsi

Corre menino, corre menino!
Um eterno presenteado, um pensamento sublime
em fração de segundos um novo regime
Corre menino, corre menino!
Em busca de um sol que já existe
viva, (viva!) esquecendo o limite
Corre menino, corre menino!
Deixe-se!

Aprendiz

Ele quer voar, ele tem asas... ele quer voar, mas ainda não sabe usá-las.